quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

PONTUAÇÃO




PARA INICIO DE CONVERSA-  CONTEXTUALIZAÇÃO
Conto sobre os Sinais de Pontuação
Pontos de Vista
Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando estourou a discussão.
— Esta história já começou com um erro — disse a Vírgula.
— Ora, por quê? — perguntou o Ponto de Interrogação.
— Deveriam me colocar antes da palavra "quando" — respondeu a Vírgula.
— Concordo! — disse o Ponto de Exclamação. — O certo seria:
"Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando estourou a discussão".
— Viram como eu sou importante? — disse a Vírgula.
— E eu também — comentou o Travessão. — Eu logo apareci para o leitor saber que você estava falando.
— E nós? — protestaram as Aspas. — Somos tão importantes quanto vocês. Tanto que, para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.
— O mesmo digo eu — comentou o Dois-Pontos. — Apareço sempre antes das Aspas e do Travessão.
— Estamos todos a serviço da boa escrita! — disse o Ponto de Exclamação. — Nossa missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira uma confusão como agora!
— Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase — disseram as Reticências. — Ou dar margem para outras interpretações...
— É verdade — disse o Ponto. — Uma pontuação errada muda tudo.
— Se eu aparecer depois da frase "a guerra começou" — disse o Ponto de Interrogação — é apenas uma pergunta, certo?
— Mas se eu aparecer no seu lugar — disse o Ponto de Exclamação — é uma certeza: "A guerra começou!"
— Olha nós aí de novo — disseram as Aspas.
— Pois eu estou presente desde o comecinho — disse o Travessão.
— Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula, é preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro eu.
— O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz — disse a Vírgula.
— Então, que nos usem direito! — disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.

Conto de João Anzanello Carrascoza, ilustrado por Will.

Revista Nova Escola - Edição Nº 165
LUDICIDADE-  DOMINÓ DA PONTUAÇÃO
Conteúdo: Sinais de Pontuação
COMO BRINCAR:
Divida as pedras (cartelas) entre dois jogadores, poderá iniciar a partida com par ou impar e/ou com quem tem o Ponto final.
O diferencial é que o jogador terá que está atento as descrições do sinal de pontuação.
Vence o jogador que terminar a quantidade de pedras primeiro. Nesse caso é preciso redobrar a atenção para que as jogadas também ajudem o parceiro.












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LEIA COM ATENÇÃO O CONTO , “ O SAPO COM MEDO D’AGUA”, e  PONTUE CORRETAMENTE:
O Sapo com Medo D’Água
Uma certa feita um  homem agarrou o sapo e levou-o para os filhos brincarem
Os meninos judiaram dele muito tempo e  quando se fartaram, resolveram matar o sapo se perguntavam
Como haviam de fazer
Vamos jogar o sapo nos espinhos
Espinho não fura meu couro dizia o sapo
Vamos queimar o sapo
Eu no fogo estou em casa
Vamos sacudir ele nas pedras
Pedra não mata sapo
Vamos furar de faca
Faca não me atravessa
Vamos botar o sapo dentro da lagoa
Então o sapo ficou triste e começou a pedir  com voz de choro
Me bote no fogo Me bote no fogo! N’água eu me afogo  N’água eu me afogo
Vamos para a lagoa Gritaram os meninos.
Foram, pegaram o sapo por uma perna e, t’xim bum, rebolaram lá no meio  O sapo mergulhou, veio em cima d’água, gritando, satisfeito
Eu sou bicho d’água! Eu sou bicho d’água
Por isso quando vemos alguém recusar o que mais gosta, dizemos:
É sapo com medo d’água
Contado por Ana da Câmara Cascudo em Natal, Rio Grande do Norte. In: Contos tradicionais do Brasil para jovens de Luís Câmara Cascudo. Global editora

CORREÇÃO : O Sapo com Medo D’Água

O sapo é esperto. Uma feita o homem agarrou o sapo e levou-o para os filhos brincarem. Os meninos judiaram dele muito tempo e, quando se fartaram, resolveram matar o sapo.
Como haviam de fazer?
– Vamos jogar o sapo nos espinhos!
– Espinho não fura meu couro – dizia o sapo
– Vamos queimar o sapo!
– Eu no fogo estou em casa!
– Vamos sacudir ele nas pedras!
– Pedra não mata sapo!
– Vamos furar de faca!
– Faca não me atravessa!
– Vamos botar o sapo dentro da lagoa!
Aí o sapo ficou triste e começou a pedir, com voz de choro:
– Me bote no fogo! Me bote no fogo! N’água eu me afogo! N’água eu me afogo!
– Vamos para a lagoa – Gritaram os meninos.
Foram, pegaram o sapo por uma perna e, t’xim bum, rebolaram lá no meio. O sapo mergulhou, veio em cima d’água, gritando, satisfeito:
– Eu sou bicho d’água! Eu sou bicho d’água!
Por isso quando vemos alguém recusar o que mais gosta, dizemos:
– É sapo com medo d’água…

Contado por Ana da Câmara Cascudo em Natal, Rio Grande do Norte. In: Contos tradicionais do Brasil para jovens de Luís Câmara Cascudo. Global editora


 






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