PARA
INICIO DE CONVERSA- CONTEXTUALIZAÇÃO
Conto sobre os Sinais de Pontuação
Pontos de Vista
Os
sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando
estourou a discussão.
—
Esta história já começou com um erro — disse a Vírgula.
—
Ora, por quê? — perguntou o Ponto de Interrogação.
—
Deveriam me colocar antes da palavra "quando" — respondeu a Vírgula.
—
Concordo! — disse o Ponto de Exclamação. — O certo seria:
"Os
sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando
estourou a discussão".
—
Viram como eu sou importante? — disse a Vírgula.
—
E eu também — comentou o Travessão. — Eu logo apareci para o leitor saber que
você estava falando.
—
E nós? — protestaram as Aspas. — Somos tão importantes quanto vocês. Tanto que,
para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.
—
O mesmo digo eu — comentou o Dois-Pontos. — Apareço sempre antes das Aspas e do
Travessão.
—
Estamos todos a serviço da boa escrita! — disse o Ponto de Exclamação. — Nossa
missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira uma
confusão como agora!
—
Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase — disseram as Reticências.
— Ou dar margem para outras interpretações...
—
É verdade — disse o Ponto. — Uma pontuação errada muda tudo.
—
Se eu aparecer depois da frase "a guerra começou" — disse o Ponto de
Interrogação — é apenas uma pergunta, certo?
—
Mas se eu aparecer no seu lugar — disse o Ponto de Exclamação — é uma certeza:
"A guerra começou!"
—
Olha nós aí de novo — disseram as Aspas.
—
Pois eu estou presente desde o comecinho — disse o Travessão.
—
Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula, é
preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro eu.
—
O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz — disse a Vírgula.
—
Então, que nos usem direito! — disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.
Conto
de João Anzanello Carrascoza, ilustrado por Will.
Revista
Nova Escola - Edição Nº 165
LUDICIDADE- DOMINÓ DA PONTUAÇÃO
Conteúdo: Sinais de
Pontuação
COMO BRINCAR:
Divida as pedras (cartelas) entre dois jogadores, poderá iniciar a
partida com par ou impar e/ou com quem tem o Ponto final.
O diferencial é que o jogador terá que está atento as descrições do
sinal de pontuação.
Vence o jogador que terminar a quantidade de pedras primeiro. Nesse caso
é preciso redobrar a atenção para que as jogadas também ajudem o parceiro.
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LEIA COM ATENÇÃO O CONTO , “ O SAPO
COM MEDO D’AGUA”, e PONTUE CORRETAMENTE:
O Sapo com Medo D’Água
Uma
certa feita um homem agarrou o sapo e
levou-o para os filhos brincarem
Os meninos judiaram dele muito tempo
e quando se fartaram, resolveram matar o
sapo se perguntavam
Como
haviam de fazer
Vamos
jogar o sapo nos espinhos
Espinho
não fura meu couro – dizia o sapo
Vamos
queimar o sapo
Eu
no fogo estou em casa
Vamos
sacudir ele nas pedras
Pedra
não mata sapo
Vamos
furar de faca
Faca
não me atravessa
Vamos
botar o sapo dentro da lagoa
Então
o sapo ficou triste e começou a pedir com
voz de choro
Me
bote no fogo Me bote no fogo! N’água eu me afogo N’água eu me afogo
Vamos
para a lagoa – Gritaram os meninos.
Foram,
pegaram o sapo por uma perna e, t’xim bum, rebolaram lá no meio O sapo mergulhou, veio em cima d’água,
gritando, satisfeito
Eu
sou bicho d’água! Eu sou bicho d’água
Por
isso quando vemos alguém recusar o que mais gosta, dizemos:
É
sapo com medo d’água
Contado por Ana da Câmara Cascudo em Natal, Rio
Grande do Norte. In: Contos tradicionais do Brasil para jovens de Luís
Câmara Cascudo. Global editora
CORREÇÃO
: O Sapo com Medo D’Água
O
sapo é esperto. Uma feita o homem agarrou o sapo e levou-o para os filhos
brincarem. Os meninos judiaram dele muito tempo e, quando se fartaram,
resolveram matar o sapo.
Como
haviam de fazer?
– Vamos jogar o sapo nos espinhos!
– Espinho não fura meu couro – dizia
o sapo
– Vamos queimar o sapo!
– Eu no fogo estou em casa!
– Vamos sacudir ele nas pedras!
– Pedra não mata sapo!
– Vamos furar de faca!
– Faca não me atravessa!
– Vamos botar o sapo dentro da lagoa!
Aí o sapo ficou triste e começou a
pedir, com voz de choro:
– Me bote no fogo! Me bote no fogo!
N’água eu me afogo! N’água eu me afogo!
– Vamos para a lagoa – Gritaram os
meninos.
Foram,
pegaram o sapo por uma perna e, t’xim bum, rebolaram lá no meio. O sapo mergulhou,
veio em cima d’água, gritando, satisfeito:
– Eu sou bicho d’água! Eu sou bicho
d’água!
Por isso quando vemos alguém recusar
o que mais gosta, dizemos:
– É sapo com medo d’água…
Contado por Ana da Câmara Cascudo em Natal, Rio
Grande do Norte. In: Contos tradicionais do Brasil para jovens de Luís
Câmara Cascudo. Global editora
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